Sweet Lie escrita por Nina Oliveira


Capítulo 22
Save Me


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que não devia nem voltar aqui e tentar explicar, mas tô aqui então...
Galera realmente não tá dando para postar, problemas pessoais, mas não esquentem com isso.
Vou postar regularmente toda terça-feira,ok? Um capítulo por semana é o máximo que consigo agora, então espero que entendam...
Esse é um capítulo voltado para a festa no ponto de vista do Bernardo. Novos personagens entrando na história.
Então é isso. Espero que gostem, porque, bom eu gostei...
Estava com saudade de escrever...
Dedicado a todos vocês que estão acompanhando!!
Ps: Vou responder todos os comentários, só tenham um pouco de paciência comigo!!!

#OGIGANTEACORDOU #GERAÇÃOCOCACOLA



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"Quando estiver pronto, venha e pegue!"

Save Me

Pov Bernardo

Eu encarava o teto pensativo. As lembranças da noite do baile não paravam de voltar na minha mente me deixando ainda mais confuso. Olhei para o relógio nervosamente e senti meu estômago afundar ao constatar que faltavam apenas 30 minutos para o encontro. A voz doce e suave dela estava gravada na minha mente, impregnada. Sentei-me ereto e deixei as lembranças me invadirem.

Flashback on

Embrenhei-me no meu do mato, passando por grandes arbustos e imensas árvores, apenas me guiando pelo som dos gritos. Quem quer que fosse estava completamente desesperada.

Continuei andando até me deparar com uma cena, no mínimo, nojenta. Um cara tentava agarrava uma bonitamoça, enquanto a mesma se debatia e gritava por socorro. Tentava desesperadamente soltar-se dele e olhava para todos os cantos em busca de ajuda. Seu cabelo alaranjado estava totalmente bagunçado e sua maquiagem que há pouco se encontrava impecável, agora escorria pelo seu belo rosto juntamente com as suas lágrimas.

Eu estava em choque, completamente paralisado. Foi quando seus olhos se encontraram com os meus... A menina do parque, minha inspiração para o quadro... Era ela, tinha absoluta certeza!

Meu sangue ferveu e a raiva se apossou de mim, ela era a minha garota, não dele! Saí do meu esconderijo e me encaminhei até eles.

- Larga ela! – sibilei num tom ameaçador que assustou até a mim mesmo.

O covarde a soltou sem nenhum cuidado fazendo tropeçar e cair. Então se virou para mim soltando um risinho debochado.

- Temos um herói! – comentou brincalhão – Creio que chegou em má hora, a vadia já está ocupada.

Tive que me controlar para não meter a mão na cara dele.

- Cara, não quero arrumar confusão, então apenas vá embora. – disse num tom mais calmo. Se engana quem pensa que isso é um bom sinal.

Mas aquele cara era estúpido demais para perceber então apenas deu uma gargalhada irônica, o que fez meu sangue ferver ainda mais.

- E quem é que vai me fazer ir embora, você? – perguntou com a voz pingando veneno. Pude sentir o cheiro forte de álcool mesmo àquela distância. – Faça um favor a si mesmo garoto, vaze daqui antes que eu perca a minha paciência e quebre a sua cara.

Então me deu as costas e ergueu a garota, que ficou no chão todo o tempo em que conversamos, provavelmente em choque.   

- Agora vamos continuar de onde paramos, não é, sua vadiazinha imunda. – falou se dirigindo para ela.

Não sei se foi o fato dele ter me ignorado, ou o fato dele ter falado daquele jeito com ela... Não sei, a única coisa que eu sei é que um instante eu estava o encarando e no outro, ele se encontrava deitado no chão com o nariz sangrando bastante, enquanto eu o socava sem parar.

 Quando ele estava prestes a perder a consciência sinto duas mãos macias segurando o meu braço, enquanto uma voz melodiosa sussurra no meu ouvido:

- Não vale a pena...

No mesmo instante parei o que estava fazendo e me virei para ela. Levantei do chão a erguendo logo após. Não consegui encará-la, então resolvi ficar olhando para o chão.

- Você está bem? – perguntei imbecilmente. Era óbvio que ela não estava.

Cocei a nuca, tentando de qualquer jeito disfarçar meu nervosismo.

- Ficarei... - ela respondeu após um tempo. Arrisquei levantar meus olhos até seu rosto e me surpreendi ao constatar que chorava.

Realmente não sei o que eu estava pensando, quando, instintivamente, puxei-a contra meu corpo, abraçando-a fortemente.

 - Chora... – falei bem baixinho apenas para ela ouvir.

E ela chorou. Tudo que tinha guardado dentro de si.

 Flashback off

Quando que eu iria imaginar que encontraria a garota do parque numa situação dessas? O pior de tudo é que eu não consigo tirá-la da minha mente, tão doce e frágil... Eu não sei, tenho uma sensação que preciso que protegê-la, mas nem sei ao menos do quê!

Depois que eu salvei, odeio essa palavra, levei-a para casa, não sem antes pegar seu telefone, afinal, eu tinha que saber como ela estava. Até aí tudo bem, mas o problema é que eu meio que fiquei amigo dela (apesar de gostar dela de uma forma bem diferente) durante esse tempo, e hoje nós temos um encontro.

Maravilha, não é? Eu devia estar explodindo de felicidade, e acho que estaria se ela não fosse me apresentar o seu novo namorado. Tentei de todas as maneiras convencê-la a não fazer isso, disse que eu não queria ficar de vela, que tinha que levar minha irmã no médico e até mesmo que havia torcido o pé, mas ela não caiu em nenhuma das minhas desculpas e exigiu minha presença.

E agora eu estava aqui, tentando de todas as formas adiar a tortura, apesar de saber que era inevitável.

Você só conhece a garota há uma mês, qual é o problema? Pensei exasperado. Levantei do sofá, peguei o primeiro casaco que vi e sai de casa decidido a ir nesse encontro e provar a mim mesmo que eu não estava... Hum... Apaixonado.

O lugar onde haviam marcado era num restaurante a apenas duas quadras de minha casa, por isso daria para ir andando mesmo, já que o meu carro estava no conserto.

Cerca de 10 minutos depois cheguei ao local, e como era de se esperar, nenhum dos dois estavam lá, afinal, o encontro era só daqui a 15 minutos. Logo que chegou o maitrê foi atender-me. Optei por esperá-los no bar, quando chegassem iria encarar a provação e reunir-me ao  casal ternurinha...

Sentei-me em um dos bancos e pedi:

- Um copo de Vodka, por favor! – o barman assentiu e foi pegar uma garrafa.

Com certeza seria necessária uma boa dose de bebida para fazê-lo suportar este almoço...

- Uma Margarita, por favor! – ouvi uma voz suave e sensual se pronunciar ao meu lado.

Virei a cabeça para encará-la e me surpreendi. Gostosa pra caralho. Tá aí a definição para o que eu vi.

Era uma bela mulher com seus vinte e poucos anos, cabelo loiro-dourado caindo por um dos seus ombros em ondas perfeitamente modeladas. Tinha olhos castanho-esverdeados, e uma boca carnuda e vermelha. Seu corpo era de tirar o fôlego de qualquer um, com belas curvas, mas sem muito exagero. Trajava um vestido azul marinho justo e bastante decotado, o que a valorizava bastante. Seu sobretudo estava totalmente desabotoado o que me permitia uma vista dos deuses. Eu estava, sem dúvidas, no paraíso.

Assim que percebeu que eu a encarava, olhou para mim e deu um sorrisinho malicioso.

- Katie Gardner! – falou após tomar um gole da bebida que o barman havia acabado de trazer, juntamente com a minha.

- Bernardo Chase! – respondi bebendo um pouco  também.

 É, acho que isso tá começando a ficar interessante...

Pov Silena

Caminhava rapidamente por entre o corredor do hospital tentando ir, em vão, atrás da maluca da minha amiga, grávida, que simplesmente resolveu que era melhor hora para ir atrás do pai do seu filho ou filha.

Tentava não esbarra nas pessoas a minha frente, mas era muito difícil considerando que aquele lugar estava completamente cheio. Mas espera, eu já tinha passado por aqui... Ótimo, eu estava perdida num hospital...  Que tipo de pessoa se perde em um hospital? Hum, me deixa ver, que sabe: eu!

Bufei exasperada e me joguei numa cadeira qualquer. Não adiantava mais, a essa hora ela já devia estar a caminho da casa do Jackson...

- Está tudo bem? – alguém me perguntou sentando-se ao meu lado. – Está passando mal?

Levantei os olhos para negar quando encontrei dois belos orbes castanhos escuros que me encaravam com notável preocupação.

- T-T-Tá tudo bem sim... Obrigada! – respondi nervosa.

- Meu nome é Harry! – falou estendendo a mão.

- Silena! – apertei-a.

Um silêncio meio que constrangedor se instalou entre nós.

- Bom, acho melhor eu ir indo. – ele falou se levantando. – Er... Tchau?!

- Até qualquer dia desses... – falei e quase me bati depois. Que droga foi essa que eu disse?

Ele seu uma risadinha baixa e se encaminhou para onde eu tinha vindo. Levantei também e fui para o lado oposto. Quando já estava perto da saída ouvi sua voz me chamar. Virei-me e encarei-o.

- Algum problema? – perguntei curiosa.

- Olha... – ele começou coçando a nuca – Rum – pigarreou – É minha hora de almoço, será que você gostaria de... Ir comigo... – eu o encarei totalmente surpresa e ele pareceu vacilar. - Vou entender perfeitamente se não quiser... Foi só uma ideia... Quer saber, esquece! – se virou e voltar a caminhar.

 Enquanto ele andava ponderei a ideia. Mal conhecia o cara...

Era uma chance de conhecer, disse-me uma vozinha no fundo da minha mente. Mas eu não podia fazer isso, era como estar traindo ele... Era como estar traindo o Charles.

Ele te abandonou, terminou contigo por uma carta. Qual é via passar a vida toda esperando por alguém que não te quer, ou vai dar uma chance para o médico bonitão e tocar sua vida?

Encarei-o novamente decidida.

- Harry! – chamei. Ele parou e virou-se para mim, apesar de ainda não me olhar. Abri um sorriso meio envergonhado e continuei. – Eu adoraria!  


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Notas finais do capítulo

Então temos Orlando Bloom como Harry Carter e Rosie Huntington-Whiteley como Katie Gardner!!
Espero que tenham gostado, comentem!!